terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Auge e declínio do regime do Apartheid sul-africano

apartheid foi estabelecido oficialmente na África do Sul em 1948 pelo Nationalist Party (Partido dos Nacionalistas) que ascendeu ao poder e bloqueou a política integracionista que vinha sendo praticada pelo governo central.

Nationalist Party representava os interesses das elites brancas, especificamente da minoria boere. Após 1948, o sistema de segregação racial atingiu o auge. Foram abolidos definitivamente alguns direitos políticos e sociais que ainda existiam em algumas províncias sul-africanas.

As diferenças raciais foram juridicamente codificadas de modo a classificar a população de acordo com o grupo social a que pertenciam. A segregação assumiu enorme extensão permeando todos os espaços e relações sociais. Os casamentos entre brancos e negros foram proibidos.

Os negros não podiam ocupar o mesmo transporte coletivo usado pelos brancos, não podiam residir no mesmo bairro e nem realizar o mesmo trabalho, entre outras restrições. Os brancos passaram a controlar cerca de 87% do território do país, o que sobrava se compunha de territórios independentes, mas paupérrimos, deixados aos grupos sociais não-brancos.

Declínio do apartheid

apartheid é o único caso histórico de um sistema onde a segregação racial assumiu uma dimensão institucional. Essa situação permite definir o governo sul-africano como uma ditadura da raça branca.

Na década de 1970, o governo da África do Sul tentou em vão encontrar fórmulas que pudessem assegurar certa legitimidade internacional. Porém, tanto a ONU (Organização das Nações Unidas) como a Organização da Unidade Africana, votaram inúmeras resoluções condenando o regime.

No transcurso dos anos 70, a África do Sul presenciou inúmeras e violentas revoltas sociais promovidas pela maioria negra, mas duramente reprimidas pela elite branca. Sob o governo de linha dura, liderado por Peter. W. Botha (1985-1988), tentou-se eliminar os opositores brancos ao governo e as revoltas raciais foram duramente reprimidas. 

Porém, as revoltas sociais se intensificaram bem como as pressões internacionais. Em 1989, Frederic. W. de Klerk, assumiu a presidência. Em 1990, o novo presidente conduz o regime sul-africano a uma mudança que põe fim ao apartheid. Neste mesmo ano, o líder negro Nelson Mandela, que desde 1964 cumpria pena de prisão perpétua, é posto em liberdade. Nas primeiras eleições livres, ocorridas em 1993, Mandela é eleito presidente da África do Sul e governa de 1994 a 1999.




Origem histórica da segregação racial na África do Sul


O termo apartheid significa "separação" ou "identidade separada". Serviu para designar o regime político da África do Sul que, durante décadas, impôs a dominação da minoria branca (ou aristocracia branca) sobre grupos pertencentes a outras etnias, compostos em sua maioria por negros.

apartheid não deve ser interpretado como simples "racismo", pois ele foi um sistema constitucional de segregação racial que abrangeu as esferas social, econômica e política da nação sul-africana estabelecendo critérios para diferenciar os grupos.

A origem histórica do apartheid é bem antiga e remonta ao período da colonização da África do Sul. Os primeiros colonizadores bôeres (também denominados de afrikaner) compunham-se de grupos sociais europeus que vieram da Holanda, França e Alemanha e se estabeleceram no país nos séculos 17 e 18.

Ideologia nacionalista

Esses colonizadores dizimaram as populações autóctones (grupos tribais indígenas) e tomaram suas terras. Os líderes afrikaners manipularam e converteram um preceito religioso cristão, que a princípio estabelecia a segregação como uma forma de defender e preservar as populações tribais da influência dos brancos, em uma ideologia nacionalista que pregava a desigualdade e separação racial.

Os afrikaners se consideravam a verdadeira e autêntica nação (ou volk, que em alemão significa povo). A cor e as características raciais determinaram o domínio da população branca sobre os demais grupos sociais e a imposição de uma estrutura de classe baseada no trabalho escravo.

Política racial

Nas regiões dominadas por eles estabeleceu-se uma política racial que diferenciou os europeus (população branca) dos africanos (que incluía todos os nativos não-brancos, também conhecidos por bantus). Até mesmo aqueles grupos sociais compostos por imigrantes asiáticos, em particular indianos, sofreram com a política de discriminação racial. 

Seria engano supor que a expansão do domínio dos afrikaners sobre a população não-branca da África do Sul foi um processo livre de conflitos. Pelo contrário, houve muitas guerras com as populações tribais que ofereceram resistência aos brancos, entre elas as tribos xhosa, zulu e shoto.

No início do século 20, a África do Sul atravessou um intenso processo de modernização que intensificou os conflitos entre brancos e não-brancos. Não obstante, a minoria branca soube explorar os conflitos intertribais que afloravam entre os diferentes grupos étnicos e isso de certo modo facilitou a avanço e domínio dos afrikaners


Dos linacs ao superacelerador



Existem, no que se refere à forma, dois tipos de aceleradores: lineares ecirculares.

Nos aceleradores lineares, também chamados de linacs, o feixe de partículas praticamente percorre uma trajetória retilínea de uma extremidade a outra do acelerador.

Já nos aceleradores circulares, também chamados de cíclotrons, o feixe de partículas percorre trajetórias circulares por várias vezes antes de colidir com o alvo. Em cada volta, as partículas são mais aceleradas, devido à presença de campos elétricos que dão novos impulsos às partículas. Nesse caso, ímãs gigantes são utilizados para manter o feixe de partículas em sua trajetória circular. 

É importante lembrar que partículas carregadas em movimento estão associadas a um campo magnético ao seu redor e se tornam um ímã. Outros ímãs gigantes, estrategicamente colocados ao longo do acelerador circular, interagem com o campo das partículas carregadas, alterando sua trajetória. 

Esses ímãs gigantes representam a força constante em direção ao centro do círculo, força essa que mantém o feixe de partículas em trajetória circular, sem aumentar ou diminuir a energia das partículas que compõem o feixe.

Nos aceleradores de partículas cria-se uma situação de vácuo de alta precisão, para evitar que as partículas carregadas colidam com outros tipos de partículas ou pedaços de matéria. 

Comparações

Comparando-se os dois tipos de aceleradores, temos que os circulares são bem mais eficientes, pois, a cada volta, as partículas recebem novos impulsos, aumentando a sua energia, o que permite que os pesquisadores consigam partículas com energias altíssimas antes das colisões. 

Outra vantagem dos aceleradores circulares é a de que não precisam ser muito compridos para atingir as altas energias, já que o feixe de partículas dá várias voltas. Esse número de voltas também aumenta a chance de colisões entre partículas que se cruzam.

Com relação aos aceleradores lineares, são bem mais fáceis de construir, pois não necessitam de ímãs potentes para manter a trajetória circular (como no caso dos aceleradores circulares) do feixe de partículas, já que elas percorrerão uma trajetória retilínea. 

Os aceleradores circulares também precisam de um grande raio para que as partículas atinjam as energias necessárias, o que torna seu custo bem maior do que o de um linear. 

Outro aspecto importante considerado pelos pesquisadores é que partículas carregadas irradiam energia quando aceleradas - e quando trabalhamos com altas energias a radiação perdida é maior para acelerações circulares.

Esses são alguns aspectos importantes, que devem ser considerados por pesquisadores e financiadores de pesquisas antes da construção de um acelerador de partículas.

Primeiro acelerador

Podemos dizer que o predecessor dos aceleradores circulares foi o cíclotron construído, em 1929, por Ernest Lawrence, ganhador do prêmio Nobel em 1939. No cíclotron temos uma geometria circular dividida ao meio, onde prótons são injetados em sua parte central e, graças à mudança de polaridade do campo elétrico existente entre as duas metades, são acelerados e vão percorrendo órbitas maiores até deixarem o acelerador. 

As órbitas circulares são possíveis graças à presença de um campo magnético uniforme, disposto perpendicularmente à base. Aqui energias da ordem de 106eV (1 Gev) são atingidas.

Esses princípios básicos foram de extrema importância para o desenvolvimento dos aceleradores circulares.

Superacelerador

O ano de 2008 representa um grande avanço na área da física de partículas, pois marca o início das pesquisas com um superacelerador de partículas que representa o maior empreendimento científico e tecnológico da atualidade. 

Denominado LHC (Large Hadron Collider - Grande Colisor de Hádrons), com 27 km de circunferência, construído a 100 metros de profundidade e atingindo áreas da França e da Suíça, esse acelerador fará partículas nucleares (prótons, que são hádrons formados por dois quarks up e um down - uud) se chocarem com altíssimas energias.

Durante as colisões são esperadas energias em torno de TeV (trilhões de elétrons - volt). Comparem com a energia obtida com o cíclotron de Ernest Lawrence e vejam o avanço obtido! 

O LHC está abrigado no CERN (Conseil Européen pour La Recherche Nucléaire - Conselho Europeu para Pesquisas Nucleares), hoje denominado European Laboratory for Particle Physics - Laboratório Europeu para Física de Partículas. 



FONTE: educação uol

Por que a água é importante para os seres vivos?



Todos os seres vivos que habitam o planeta Terra são formados por células. Estas, por sua vez, possuem organelas, partículas que mantêm as células vivas utilizando inúmeros tipos de substâncias. Uma dessas substâncias é a água.

Nosso planeta é o único no Sistema Solar a apresentar 71% de sua superfície coberta por água. Essa substância é a mais abundante na constituição da maioria dos seres vivos, podendo ser encontrada em porcentagens que variam de 70% a 95%.

Capacidade de dissolução


Em termos moleculares, a água é constituída de um átomo de oxigênio e dois átomos de hidrogênio - e sua fórmula molecular é simbolizada por H2O. Usualmente, a água é chamada de "solvente universal", pois é capaz de dissolver uma grande variedade de substâncias químicas que constituem as células vivas, tais como sais minerais, proteínas, carboidratos, gases, ácidos nucléicos e aminoácidos.

Essa capacidade de dissolução da água está diretamente ligada à sua polaridade, já que em uma molécula de água há um pólo positivo e um pólo negativo. A maioria das substâncias que compõem as células vivas também é polar. Portanto, essas substâncias possuem uma boa afinidade química com a água, sendo então denominadas hidrofílicas (do grego, hydro = água; e phylos=amigo).

Do ponto de vista químico, dissolver uma substância é separar seus átomos por meio de um solvente de propriedades semelhantes, para que eles possam ser utilizados pelas células vivas.

Por exemplo, quando ingerimos sal de cozinha (NaCl), a água que está em nosso organismo separa o Sódio (Na) do Cloro (Cl), formando íons que podem ser aproveitados por nossas células em atividades celulares.

Se as moléculas de água não ativassem esse processo, jamais poderíamos utilizar tais átomos sob a forma de cristais de sal, como os conhecemos. Portanto, a água e o sal de cozinha passam a constituir uma solução aquosa, na qual a água atua como solvente - e o sal, como soluto.

No interior das células encontramos outro exemplo dessa relação solvente-soluto: o citosol. Nesse caso, a água é o solvente - e os aminoácidos, proteínas e carboidratos, o soluto. Juntos, formam uma solução aquosa. O sangue é também, em parte, uma solução aquosa formada por água e uma gama enorme de solutos (glicose, íons de sais minerais, gases respiratórios, etc.).

Quebra de proteínas e carboidratos


A água também pode ser encontrada reservada em tecidos vivos. Em alguns vegetais superiores, que vivem em ambientes áridos, a água é armazenada nas folhas, raízes e caules para manutenção do metabolismo do vegetal. Em nosso organismo encontramos água armazenada em nossos músculos e ossos, sendo que ela é utilizada em atividades celulares como a quebra de proteínas e carboidratos.

Nos animais, a tensão superficial que as moléculas de água formam sobre os alvéolos pulmonares e nas brânquias dos peixes permite que ocorram trocas gasosas e a consequente sobrevivência dos tecidos.

Existem substâncias que, ao contrário das polares, não possuem cargas elétricas como a água. Essas substâncias são denominadas apolares.

Gorduras e outras substâncias possuem essa propriedade, não desenvolvendo uma boa afinidade química com a água, sendo então denominadas hidrofóbicas (do grego, hydros = água; fobos = medo, aversão). Essas substâncias, quando em contato com água, formam misturas heterogêneas, como, por exemplo, o óleo de soja e a água.

Hidrólises e síntese por desidratação


Além das aplicações descritas até agora, a água é utilizada em reações químicas no interior das células de organismos vivos. Nas hidrólises, a molécula de água é quebrada e seus átomos de hidrogênio e oxigênio são adicionados a outras substâncias. As reações de digestão de proteínas que ocorrem em nosso tubo digestório são hidrólises sucessivas.

Existem também reações de síntese por desidratação, nas quais as moléculas de água são formadas a partir da união de outras moléculas. Esse tipo de reação ocorre no citosol das células glandulares da parede interna do estômago, quando são formadas enzimas digestórias para a degradação dos alimentos ingeridos por nós.

Como vimos, a água é um solvente universal, participa de reações químicas e atua na absorção de nutrientes, sendo, portanto, considerada uma substância multifuncional. Nossa atuação, enquanto seres vivos, é decisiva e fundamental no que diz respeito ao destino e ao uso da água. E, consequentemente, da vida no planeta Terra.
*Rodrigo Luís Rahal é bacharel e licenciado em biologia, mestre em Biologia Celular e Estrutural pela UNICAMP e professor do curso de Ciências Biológicas do Centro Universitário São Camilo, em São Paulo.
FONTE:Educação Uol

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Interdisciplinaridade necessária




O tema costuma gerar debate acalorado, o que indica que deva existir alguma relação entre neurociência e psicanálise. Entretanto, parece que estamos falando da mesma coisa em línguas diferentes, e sem dicionário. Pior: pode ser que este dicionário não possa ser criado, por causa do que os especialistas em teoria do conhecimento chamam de fosso epistêmico, o que se manifesta na grande distância a separar ainda as duas áreas.
Isto ocorre porque as duas disciplinas adotam perspectivas diferentes. Por um lado, a neurociência utiliza o método das ciências naturais, baseado em observação sistemática, experimentação e formulação de hipóteses empiricamente verificáveis. Assim, gera explicações objetivas de natureza pública. Já a psicanálise, baseia-se na vivência subjetiva, procurando compreender o significado dos conteúdos mentais.
Seria possível transpor esse fosso epistêmico? Acredito que vale a pena tentar. O grande desafio intelectual de nossa época é o de vencer a fragmentação da cultura, integrando conhecimentos de diferentes disciplinas no que se costuma chamar de interdisciplinaridade. 

Este dualismo de aspecto teve origem na filosofia do pensador holandês Baruch Espinosa (1632-1677). Simplificando: o universo é constituído de uma única substância, que vista de fora se apresenta como matéria e por dentro como mente. Neste sentido, uma noção interessante é a da complementaridade, segundo a qual o conhecimento objetivo e o subjetivo seriam duas perspectivas sobre a mesma realidade – vista “de fora”, no primeiro caso; “por dentro”, no segundo.

Vias convergentes


No caso em questão podemos constatar que a psicanálise gerou conceitos sobre a vida psíquica e o comportamento que produziram grande impacto social e cultural. Alguns deles podem ser – e, na verdade, estão sendo – examinados pela neurociência.
Tomando como exemplo a área agora compreendida como transtornos de ansiedade, que ocupou boa parte da atenção de Sigmund Freud, constatamos que seu arguto senso de observação clínica levou-o a distinguir a ansiedade crônica, atualmente denominada transtorno de ansiedade generalizada, dos ataques de ansiedade, condição atualmente denominada transtorno de pânico.
Tal distinção foi validada farmacologicamente no início dos anos 1960 pelo psicofarmacologista norte-americano Donald Klein, dando origem à moderna classificação dos transtornos de ansiedade.
Já a explicação freudiana da distinção entre pânico e ansiedade em termos de canalização da libido (pulsão sexual) não tem tido ressonância na análise neurobiológica. Esta, ao invés, aponta para disfunções dos sistemas neurais que organizam estratégias de defesa contra diferentes tipos de ameaça, e não daqueles que regem o comportamento sexual.
Outro exemplo: a psicanálise revelou que experiências precoces em fases críticas do desenvolvimento podem ter consequências tardias na vida adulta. Em consonância, experimentos em animais de laboratório têm mostrado que o estresse na infância pode alterar a forma como os adultos enfrentarão desafios.
Recentemente, o grupo de pesquisa liderado pelo neurobiologista Luiz Carlos Schenberg, na Universidade Federal do Espírito Santo, mostrou que a separação diária da mãe por algumas horas durante a lactação causa, na idade adulta do rato, excitabilidade aumentada de uma estrutura cerebral que rege a defesa a perigos iminentes e que, provavelmente, desencadeia o ataque de pânico.
Este dado correlaciona-se com achados epidemiológicos mostrando que experiências de separação social, sobretudo a materna, aumentam a vulnerabilidade a ataques de pânico em pacientes.
No campo da cognição, experimentos com neuroimagem funcional em voluntários sadios, realizados na Escócia pelo psicólogo Michael C. Anderson, da Universidade de St. Andrews, mostram que as estruturas cerebrais ativadas quando a pessoa se esforça para afastar da consciência lembranças de experiências desagradáveis diferem das que são ativadas pelo mascaramento involuntário do mesmo tipo de memória.
Esta distinção corresponde, aproximadamente, à diferença entre supressão (processo consciente) e repressão (processo inconsciente), que são mecanismos de defesa do ego identificados pela psicanálise.
Este tipo de pesquisa mostra que a interdisciplinaridade não só é possível, como permite uma visão mais abrangente e aprofundada dos processos psicológicos. 

Quanto à psicanálise, ainda é cedo para fazer um balanço final, porém podemos dizer que muitas de suas concepções são compatíveis com os conhecimentos que a neurociência vem obtendo, enquanto outras ainda não encontram correlação, ou não foram exploradas.

Não sei dizer se o conhecimento interdisciplinar poderá influir na prática analítica. Porém, para outros tipos de psicoterapia, como a cognitivo-comportamental, há fundada esperança de que o conhecimento das redes neurais envolvidas nos diferentes transtornos psiquiátricos e o entendimento das mudanças induzidas pela psicoterapia no funcionamento cerebral poderão orientar a prática clínica no futuro.
 
FONTE: Ciência Hoje

USO DAS TICS NA EDUCAÇÃO


A revolução tecnológica iniciada nos anos 80 trouxe mudanças em todas as áreas do conhecimento humano. Tornou o trabalho menos árduo, diminuiu as distâncias, trouxe comodidade e muito conforto para a sociedade. Na educação possibilitou a troca e o compartilhamento de informações. Disponibilizou os cursos a distância.

Desenvolvimento
Com a explosão da globalização nos tempos atuais, as novas tecnologias trouxeram mudanças significativas para a vida e cotidiano das pessoas. O computador passou a ser utilizado em todas as áreas da sociedade e tornou-se ferramenta essencial para o trabalho, educação e também lazer.
A educação no início ficou a mercê do uso das novas tecnologias, mas aos poucos vem incorporando-as e mudando a realidade neste meio. Ações conjuntas dos governos: federal e estadual, através de programas como PROINFO têm implantado nas escolas da rede pública salas de informática com acesso à internet.

Os programas têm sido importantes, mas não basta, somente, montar salas com computadores modernos e com acesso a internet sem professores capacitados para esta utilização. A situação se torna caótica principalmente nas escolas públicas onde computadores estão em salas fechadas e os alunos não têm acesso a estes, pois faltam professores e profissionais capitados.

O computador é sem dúvida uma ferramenta muito importante no processo do ensino-aprendizagem. O acesso a informação ocorre em tempo real, podemos viajar pela internet e conhecer regiões diversas do planeta sem mesmo sair de casa. Mas por outro lado tem deixado os alunos mais desatentos e despreocupados com o saber.

A tecnologia possibilitou os cursos a distancia, levando a informação e o conhecimento em quase todas as cidades do país. Alguns anos atrás para muitos alunos era impossível cursar uma faculdade. Hoje essa realidade mudou. Vários cursos de graduação e pós-graduação são oferecidos a distancia e com a mesma qualidade do curso presencial.

Podemos perceber que a realidade das nossas escolas ainda está muito longe da qual gostaríamos. Embora o computador esteja  disponível nas escolas, ainda é pouco utilizado. Primeiro porque o número de computadores ainda é pequeno para atender a um número elevado de alunos na rede pública. Há muitos professores despreparados para lidar com a tecnologia. Como trabalhar com o computador em sala de aula, com alunos que dominam o computador, sem estar preparado? É uma questão bastante delicada. É preciso capacitar os professores e rever a metodologia do ensino para adequar ao uso das novas tecnologias.

A educação modificou-se com as novas tecnologias e não podemos mais dar aulas como há 20 anos atrás. Os alunos são diferentes, chegam à escola com uma bagagem de informação muito grande, como lidar com essas crianças se o professor não foi preparado para trabalhar com a tecnologia? Este é o grande desafio da educação. As TICs  são ferramentas úteis que aliadas ao conhecimento dos professores podem produzir resultados benéficos. Com a tecnologia o professor não é mais o simples detentor da transmissão do  saber.  O papel do professor é de facilitador, mediador do saber, levando o aluno a construir o seu conhecimento.

Não podemos ser absorvidos pela tecnologia e deixar que o ensino fique superficial. 
A tecnologia tem que ser uma ferramenta útil que traga benefícios para a aprendizagem, desperte no aluno o interesse em aprender.


Considerações finais

Diante de tantas facilidades que a tecnologia oferece, devemos estar atentos. O computador é apenas uma ferramenta a mais, que traz muitos benefícios. Mas também pode levar o aluno ao comodismo e a superficialidade, deixando  de lado o mais importante que é transformar a informação em conhecimento.

FONTE: NETSABER ARTIGOS -TVEBRASIL

Fabricante estuda produzir tablet popular de R$ 100 no Brasil



Um tablet de R$ 100 pode ser produzido no Brasil. A fabricante DataWind estuda estabelecer uma produção local para o chamado UbiSlate, vendido na Índia por R$ 104 (3 mil rupias indianas). “Para lidar com os impostos do país, estamos pensando em produzir o aparelho localmente”, afirmou Suneet Singh Tuli, presidente da DataWind, em entrevista por e-mail ao G1.

Em outubro, a Índia distribuiu gratuitamente 100 mil UbiSlates aos estudantes – chamado de “Aakash” pelo governo. Outras 10 milhões de unidades serão comercializadas para a educação pelo preço subsidiado de R$ 60. Para conseguir um preço tão baixo, a DataWind criou uma linha de produção apenas para o tablet na Índia.

Tuli disse que o governo brasileiro também mostrou interesse em fazer um programa semelhante. “Como outros governos ao redor do mundo, o interesse do Brasil é criar uma produção local e proporcionar dispositivos de baixo custo para os estudantes”, afirmou. Outros países interessados são: Tailândia, Turquia, Egito, Sri Lanka, Trinidad e Tobago e Panamá.

“Com as 900 milhões de linhas de celular que existem na Índia, acreditamos que há pessoas suficientes com acesso a redes móveis e eletricidade que podem pagar por dispositivos com preço de celular”, disse Tuli. “Então, sentimos que a última peça que falta no quebra-cabeça são dispositivos de baixo custo. Fornecendo tablets com preços na faixa da maioria dos celulares, vamos quebrar a barreira do custo”, afirmou Tuli.
G1 entrou em contato com o Ministério da Educação no Brasil, que confirmou que o governo estuda levar tablets aos alunos, com base no programa “Computador para Todos”. Porém, o governo não confirmou o contato com a DataWind. "O edital para aquisição de tablets, bem como o projeto pedagógico da ação, ainda estão em estudo no Ministério da Educação e no Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE)”, respondeu a assessoria do órgão.

Aparelhos baratos

Na Índia, a DataWind ganhou uma licitação para fabricar 100 mil tablets para o governo. “Tínhamos um produto que correspondia às especificações exigidas. Era uma licitação pública, e empresas de todo o mundo foram convidadas. Nós ganhamos por termos o lance de menor custo”, explicou Tuli.
Para desenvolver dispositivos tão baratos, a empresa possui uma tecnologia que desloca o poder de processamento e a memória dos aparelhos para servidores nas “nuvens”. “Nossos anos de experiência na fabricação e desenvolvimento de produtos nos permite ter custos menores que a maioria dos fabricantes chineses”, diz Tuli. “Não estamos limitados apenas às margens de lucro do aparelho. Também focamos lucrar com o sistema operacional”.

Fundada em 2000, a DataWind desenvolveu uma plataforma de acesso à internet muita avançada, conforme Tuli. “A empresa se concentra em fornecer dispositivos de baixo custo e acesso à internet para acabar com a exclusão digital”. A companhia tem escritório em Amritsar, Londres, Montreal, Dallas e Nova Déli.

Tablet com Android

O tablet desenvolvido pela DataWind tem tela de 7 polegadas e roda o sistema operacional Android 2.2, do Google. Em novembro, a DataWind começou a oferecer a versão comercial do tablet, por cerca de R$ 104. Tuli afirmou ao jornal “Times of India” que o aparelho já recebeu mais de 300 mil encomendas.
FONTE: G1.com

EM BOM PORTUGUÊS


O que você conhece sobre a situação política de Moçambique? E as reivindicações trabalhistas dos portugueses nesse momento de crise internacional, você sabe quais são? Essas questões, a princípio distintas, dizem respeito à realidade de países que compartilham algo muito intimamente com o Brasil: o idioma.
Foi para aprofundar a capacidade de interpretação das dinâmicas sociais dos países lusófonos e incentivar as colaborações na geração de conhecimento nos campos científico e acadêmico que foi criado o Observatório dos Países de Língua Oficial Portuguesa (Oplop).
O portal da internet reúne notícias e informações sobre os países que têm o português como idioma oficial – Brasil, Portugal, Angola, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Guiné-Bissau e Timor Leste, todos integrantes da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).
O observatório organiza e sistematiza o conhecimento sobre política, economia, cultura e realidade social dessas nações obtido a partir da cobertura das mídias nacionais e da imprensa internacional, além de livros e depoimentos.

“São países muito próximos do nosso, mas que conhecemos pouco”, destaca Lessa. “Há muito o que aprender com o intercâmbio de conhecimentos entre as nações lusófonas e muitas delas já são parceiros científicos e econômicos importantes do Brasil.”O cientista político Renato Lessa, diretor do Instituto Ciência Hoje e coordenador do projeto, explica que o observatório pretende apresentar a realidade desses países aos gestores e formuladores de políticas públicas e de políticas externas, às suas comunidades acadêmicas – pesquisadores, intelectuais, universitários – e ao setor empresarial.


Interpretar, aprender e cooperar

Lessa explica que, mais do que informar, a preocupação do projeto é desenvolver a capacidade de interpretar as realidades, as questões e os desafios econômicos, políticos e sociais das nações que compartilham nossa língua, além de incentivar a geração de conhecimento sobre as dinâmicas de suas sociedades.
Para isso, o portal conta com um corpo de colunistas que inclui o jornalista Alberto Dines, o sociólogo Luiz Werneck Vianna e o próprio Renato Lessa. Também publica relatórios mensais que analisam grandes temas em evidência nos países lusófonos e disponibiliza referências bibliográficas de textos interessantes para a compreensão da realidade das nações que falam nosso idioma.
“Como um espaço de acolhimento e estímulo da capacidade interpretativa, queremos integrar esforços na constituição de redes de pesquisa que gerem conhecimento sobre as sociedades no âmbito da CPLP e sobre sua interação internacional, com especial atenção à produção intelectual e científica desses países”, explica Lessa. 
Um dos eixos dessas redes está na perspectiva de afirmação do português como língua científica internacional, tema recorrente na agenda dos Congressos Luso-Afro-Brasileiros em Ciências Sociais. “Nosso idioma é um dos mais falados do mundo, Brasil e Portugal têm uma produção científica expressiva e os países africanos lusófonos vêm formando comunidades científicas nacionais, o que reforça essa proposta”, avalia Lessa.
Para ele, uma das questões centrais dessa discussão seria a utilização do idioma nos periódicos científicos internacionais. “As revistas brasileiras, por exemplo, têm publicado cada vez mais em inglês, buscando sua internacionalização. A ideia, claro, não é abandonar a língua inglesa, mas também buscar extrapolar as fronteiras brasileiras através do português.”


Parceria pró-ciência

Com menos de um ano de existência, o Oplop tem suas raízes nas Conferências Afro-Brasileiras em Ciências Sociais, que acontecem desde a década de 1980 e aproximaram as comunidades cientificas dos diversos países.
Em 2004 e 2005, no contexto de aproximação entre Brasil e África em nossa política externa, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação criou os programas ‘Pró-África’ e ‘Ciência Sociais CPLP’, que estimulam parcerias e colaborações científicas com países africanos e lusófonos, respectivamente. 

O projeto é vinculado à Universidade Federal Fluminense e está em processo de implementação de bases em Portugal e em Moçambique, além de ter correspondentes em Angola e Guiné Bissau. O Instituto Ciência Hoje dá apoio logístico à iniciativa.“O observatório foi criado nesse contexto de aproximação entre as nações, para apresentar suas realidades e se constituir em mais um elemento de estímulo à geração conjunta de conhecimento”, afirma Lessa, que coordena atualmente as duas iniciativas.

Fonte: ciência hoje